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15/02/2018 - Campanha salarial 2017/2018 garantiu reajuste para pisos e salários
Conjuntura foi a mais adversa dos últimos anos para os trabalhadores do setor.

Neste ano, como forma de aumentar o poder de pressão sobre as empresas, o Sintcon-RJ organizou a campanha salarial 2017/2018 da Consultoria de Engenharia e Projetos de forma articulada e unificada com os sindicatos de engenheiros (Senge-RJ) e arquitetos e urbanistas do Estado do Rio (Sarj). O resultado, embora ainda longe do ideal e necessário aos trabalhadores do setor, ao menos garantiu um índice de reposição salarial e a manutenção das cláusulas das três convenções coletivas.

Para pisos e salários, as convenções assinadas definiram um reajuste de 4%, a partir de 1º de maio de 2017, aplicado sobre o salário praticado em abril de 2017. As diferenças salariais apuradas de maio a agosto deste ano estão sendo pagas mensalmente, em até 6 (seis) vezes, sendo a primeira na folha de outubro de 2017 e a última até a folha de março de 2018. Numa conjuntura difícil para a maioria das categorias de trabalhadores brasileiros, muitos com reajuste zero, o resultado não foi dos piores, uma vez que assegurou a reposição da inflação apurada pelo INPC nos 12 meses imediatamente anteriores a maio de 2017.

Outro resultado concreto da campanha foi o aumento do valor do Auxílio-Creche, que passou para R$ 500,00 (quinhentos reais) para crianças após os seis meses de idade.

Infelizmente, devido à insuficiente mobilização e participação das categorias em suas respectivas assembleias, não foi possível avançar no aperfeiçoamento de outras importantes cláusulas. O Auxílio-Refeição, por exemplo, continuou no valor de R$ 30,00. E a cláusula de horas extras não pôde ser melhorada em sua redação.

Mais uma vez é preciso lembrar que toda campanha salarial é o resultado de uma determinada correlação de forças.

Ao longo das negociações com os três sindicatos (Sintcon-RJ, Senge-RJ e Sarj), o sindicato patronal (Sinaenco-RJ) cumpriu seu papel, que é o de alegar a existência de ‘crise’ das empresas como argumento para negar toda a pauta de reivindicações das categorias. O Sintcon-RJ, o Senge-RJ e o Sarj, por sua vez, também fizeram um grande esforço para resistir ao máximo às tentativas das empresas de cortar direitos. No entanto, esse esforço fica muito limitado quando não há efetiva participação dos trabalhadores, os maiores interessados (e beneficiados) na preservação das convenções coletivas.

Que isso sirva de alerta para a campanha do próximo ano. Sem participação, é impossível obrigar as empresas a respeitarem direitos. 



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