Um dos poucos fundadores vivos da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e um dos principais campeões de sambas-enredos do Rio de Janeiro, Zé Katimba, aos 76 anos de idade, virou livro. Sua vida, desde a infância difícil no sertão da Paraíba, passando pelo momento em que se transformou em personagem da novela Bandeira-2, escrita por Dias Gomes, até os dias de hoje, em Niterói, onde mora nos últimos 30 anos, está registrada no livro 'Zé Katimba - Que grande destino reservaram pra você', do jornalista Fernando Paulino, publicado pela Editora Panorama, Com 128 páginas, a obra conta também como foi fundada a Imperatriz Leopoldinense, escola criada em março de 1959, no bairro de Ramos, e que tem como um dos seus remanescentes justamente o Katimba. Zé foi camelô, porteiro, faxineiro, ajudante de pintor. Limpou fossa, caixa de gordura e banheiros. No universo do samba, começou como puxador de corda, nos primeiros anos da Imperatriz; foi mestre-sala, presidente da Ala dos Compositores, presidente da escola. Na época da ditadura militar, chegou a ser perseguido político, devido a suas músicas de protesto.