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07/05/2010 - Greve parou Grécia contra pacote que corta salários para salvar capitalistas
Dando ótimo exemplo aos trabalhadores do mundo inteiro, população grega está mostrando como combater a política neoliberal.

Por Hélcio Duarte Filho

Os trabalhadores gregos se rebelaram, na última quarta-feira 5, contra o pacote de medidas negociado pelo governo com o FMI que prevê a redução de salários no setor público e de aposentadorias. Greve geral e manifestações pararam o país. Protestos foram reprimidos pela polícia. Pelo menos três pessoas morreram. Não foi esclarecido como elas ocorreram.
Atos na capital teriam reunido cerca de 100 mil manifestantes, que se concentraram em frente ao parlamento e em outros pontos da cidade, informou o site “Esquerda”, de Portugal. Setores de transporte aéreo, marítimo e ferroviário aderiram ao protesto. A maioria dos serviços públicos parou.
  As manifestações criticaram o pacote do Fundo Monetário Internacional. "Este comício teve o dobro das pessoas do maior comício alguma vez realizado na Grécia", disse Spyros Papaspyros, sindicalista do setor público, ao “Wall Street Journal”.
O plano do FMI para tentar ‘salvar’ a economia capitalista do país é avaliado em 110 bilhões de euros e prevê o corte de 30 milhões nas despesas públicas. A bancarrota da economia grega mostra que a crise capitalista mundial, que explodiu no final de 2008, não terminou. As medidas chamadas ‘de austeridade’ também estão sendo aplicadas em Portugal e na Espanha, dois país fortemente afetados pela crise.
É para não pagar essa conta que os trabalhadores foram às ruas, apesar de os principais meios de comunicação burgueses apoiarem o pacote de arrocho e buscarem, de todas as formas, mascarar as reais causas da crise e o desejo das classes dominantes de socializarem os prejuízos de seus negócios e especulações no mercado financeiro.


 



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