Até agora, oficialmente, o SINAENCO, Sindicato patronal, assinou Convenções Coletivas de Trabalho, relativas ao período 2012/2013, em quatro Estados %u2013 Paraná, Pernambuco, São Paulo e Goiás; com índices de reajustes salarial que vão de 6,5% (SP e GO)
Campanha Salarial 2012/2013
Não perca essa oportunidade, a hora é esta!
Balanço das Campanhas nos outros Estados
Até agora, oficialmente, o SINAENCO, Sindicato patronal, assinou Convenções Coletivas de Trabalho, relativas ao período 2012/2013, em quatro Estados – Paraná, Pernambuco, São Paulo e Goiás; com índices de reajustes salarial que vão de 6,5% (SP e GO), 8% (PR) e 9% (PE). Tais discrepâncias de valores estão associadas, a uma série de fatores, desde o relacionamento amistoso entre os Sindicatos – patronal e dos trabalhadores, até o grau de mobilização dos trabalhadores nesses Estados.
Exemplo disso, é o Estado de Pernambuco onde, nos últimos anos, por conta de grandes investimentos público, o segmento de engenharia consultiva se revigorou, as empresas passaram a contar com a carteira de serviços cheia. Sabiamente, os trabalhadores atinaram para o fato de que a oportunidade de se conquistar melhores condições é esta. Desta forma, desde a CCT 2011/2012 vêem conquistando maiores índices de reajuste salarial, e melhorando os demais benefícios.
A Campanha Salarial no Rio de Janeiro
1) Conjuntura do Setor
Segundo as entidades de engenharia – ABEMI (Associação Brasileira de Engenharia Industrial), ABDIB (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Infraestrutura e Indústria de Base), ABCE (Associação Brasileira dos Consultores de Engenharia), Clube de Engenharia entre outras, o Estado do Rio de Janeiro, devido ao volume de investimentos, infinitamente superior aos do Estado de Pernambuco, nos últimos anos, em empreendimentos de grande porte, se transformou num imenso canteiro de obras. Daí o fato que o PIB do Rio de Janeiro superou, em termos de crescimento, nos últimos dois anos o PIB de São Paulo.
Os investimentos no setor de: geração de energia – petróleo, nuclear; infra-estrutura – portos, viária, transportes urbanos; indústria de base – refinarias, siderúrgicas; construção civil; construção pesada e montagem industrial; concomitante aos investimentos necessários a realização de grandes eventos – Encontro Internacional da Juventude Católica, Copa do Mundo, Olimpíadas; deram um novo patamar na economia fluminense, e reanimaram a engenharia nacional.
Dificilmente, ou praticamente impossível encontrar uma empresa de engenharia consultiva, aqui no Rio de Janeiro, que não esteja repleta de serviços, rindo de orelha a orelha, com faturamento garantido por 2/3 anos.
Por outro lado, o custo de vida no Rio de Janeiro cresce a cada dia. O aquecimento da economia engendra uma elevação no custo de moradia (aluguel e preços dos imóveis), os transportes urbanos são os mais caros do país, e a alimentação sobe a cada dia. Recente pesquisa coordenada pelas empresas fornecedoras de cartão alimentação, verificou que o custo médio de uma refeição na cidade do Rio de Janeiro é o mais alto praticado nos grandes centros do Brasil.
Pasmem! os pisos salariais praticados pelas empresas de engenharia consultiva no Rio de Janeiro, pisos sacramentados nas CCTs, por mais que, nos últimos anos, venham sofrendo correção superiores inclusive ao índice de reajuste salarial, ainda são bem inferiores aos pisos salariais praticados no setor em São Paulo.
2) As negociações com o SINAENCO no Rio de Janeiro
Nos últimos anos, após longo processo de negociação, o SINTCON-RJ tem assinado Convenções Coletivas de Trabalho que vem proporcionando aos trabalhadores: reajustes salariais com índices superiores ao da inflação do período; reajustes nos pisos salariais (além da inclusão de novas nomenclaturas) com índices superiores ao do reajuste salarial; além da manutenção de cláusulas sociais mais benéficas.
Este propósito visa dar uma condição de trabalho mais digna para o empregado no setor aqui no Rio de Janeiro, e, concomitante, procurar diminuir a diferença que existe, principalmente nos pisos salariais, entre as CCT de São Paulo e do Rio de Janeiro. O argumento utilizado pelo SINAENCO durante as negociações é que São Paulo é outra realidade, que as oportunidades de serviços são incomparáveis, cai por terra quando as próprias entidades representativas da engenharia nacional apontam que a realidade mudou, que agora é o Rio de Janeiro quem dá as cartas.
Assim sendo, não podemos perder esta oportunidade. A hora de conquistarmos melhores condições é essa. Se o sindicato patronal alega impossibilidade de melhorar o índice de reajuste salarial, no mínimo deveria propor uma Convenção Coletiva de Trabalho que equipare o Rio de Janeiro à realidade paulista dos empregados do setor. Senão vejamos:
Pisos Salariais | CCT 2012/2013 São Paulo | SINAENCO CCT 2012/2013 - RJ |
Demais Níveis Universitários | R$ 3.510,00 | R$ 2.067,00 |
Desenhistas e Topógrafos | R$ 2.050,00 | R$ 1.346,00 |
Téc. Adm/Contab | R$ 1250,00 | R$ 879,00 |
Demais Empregados | R$ 1.070,00 | R$ 775,00 |
Auxílio Alimentação
Valor facial do Tíquete R$ 22,00 R$ 19,00
Horas Extras
Segunda a Sábado 60% 50%
Domingos, Feriados e Dias Compensados 100% depende da interpretação
Auxílio Creche
Duração 6 anos e 11 meses 36 meses
Diante do exposto, o SINTCON-RJ, através de sua Diretoria, resolve:
a) Enviar nova proposta na tentativa de viabilizar a assinatura da CCT 2012/2013, tomando por base, parcialmente, o que foi concretizado – já assinado na CCT 2012/2013 do Estado de São Paulo.
b) Retornar ao SINAENCO a mesma proposta enviada em 27/06/2012, modificando, entretanto, o percentual para reajuste de salários, de 8,5% (oito vírgula cinco por cento) para 8% (oito por cento) mantendo as demais cláusulas.
Esperamos assim que, o SINAENCO (Sindicato Patronal), tendo em mãos estas duas alternativas, opte por uma delas e, finalmente, abandone suas intransigências, concordando em assinar a Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013.
As propostas são as seguintes: