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28/11/2012 - Profissionais da educação e alunos lutam contra demolição da Escola Municipal Friedenreich
Demolição da Fredenreich é parte das obras de 'reestruturação' do Maracanã para a Copa e Olimpíadas

Demolição da escola é parte das obra do Maracanã, que governo quer privatizar

Foto: Tânia Rêgo_ABr

 

Por André Pelliccione

Com apoio de alunos e familiares, os profissionais da educação do Estado do Rio vêm, desde outubro, lutando contra a demolição da Escola Municipal Friedenreich, localizada no entorno do Maracanã. Governo do Estado e Prefeitura querem demolir a Escola Freidenreich como parte da ‘reformulação’ do Maracanã. Outros prédios e equipamentos — como o Parque Aquático Julio Delamare e o Museu do Índio — também estão na lista de demolições, planejadas sem qualquer consulta à população usuária.

A intenção do governo é instalar a Escola Friedenreich num antigo centro de veterinária do Exército, do outro lado da linha férrea, onde são ainda maiores as dificuldades de acesso e transporte para alunos e profissionais de educação.

Derrubada da Escola é imposta pelo ‘calendário’ Copa/Olimpíadas

A demolição da Escola Friedenreich e de vários outros prédios no entorno do Maracanã é parte das obras de preparação para os ‘grandes eventos esportivos’ que acontecerão na cidade até 2016, como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

O pretexto oficial para sua realização é o da suposta ‘melhoria’ e ‘modernização’ do espaço urbano. A realidade, contudo, é bem diferente. Além do benefício direto a grandes empreiteiras, as obras são estruturadas segundo uma lógica que visa a abertura de espaço à crescente especulação imobiliária, o que na prática pressupõe a remoção/expulsão de comunidades inteiras ou de quaisquer obstáculos que se contraponham ao novo ‘zoneamento’ urbano imposto pelo capital. Daí a virulência de toda uma legislação cujo objetivo é criminalizar eventuais questionamentos ao ‘rolo compressor’ imposto pelo calendário dos grandes eventos. A Lei Geral da Copa (regulada pela Lei 728/11), por exemplo, suprime o direito de greve durante os grande eventos esportivos, atacando, na prática, o direito de organização, transformando o Brasil numa espécie de ‘Estado-FIFA’.

É no contexto dessa lógica reacionária que se situa a demolição da Escola Friedenreich e de vários outros prédios públicos. Defender a Escola Friedenreich é defender a educação pública. As lutas e mobilizações em defesa da Escola são organizadas pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ).

 

 



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