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15/02/2013 - Serjão Loroza e US Madureira animaram o pré-carnaval do Sintcon com show para todos os gostos
Evento realizado dia 31/01, no Bola Preta, foi sucesso de público e também teve participação do conjunto Vai dar Samba.

Por Cássia Valadão

Tem algo melhor que dividir a energia e a alegria do carnaval com os amigos e a família numa mesma festa? Poucos momentos podem propiciar tanta felicidade e foi pensando assim que o Sindicato dos Trabalhadores em Consultoria de Engenharia e Projetos do Estado do Rio de Janeiro (SINTCON) então realizou, no dia 31, um pré-carnaval na sede do Cordão da Bola Preta. Para animar os associados e seus convidados foi convocado o grupo Vai dar Samba, além de Serjão Loroza e a rapaziada do US Madureira.

Apesar da proximidade com os festejos de Momo, a finalidade do evento, no entanto, era não se deixar abater pelas tristezas de 2012, um ano difícil, segundo Gilberto Alcântara da Cruz: “Tivemos duas perdas grandes e, por isso, não fizemos a tradicional festa de fim de ano. Claudio Clemente, que dava cursos na UPP Providência, em parceria com nosso sindicato, e Pedro Scansetti, um dos fundadores do SINTCON, eram muito queridos e deixaram uma lacuna muito grande ao partirem”, comentou o diretor, visivelmente emocionado ao lembrar o adeus dos amigos ao se pronunciar no palco.

Mas o barco não pode ficar sem rumo e, deste modo, Acordos Coletivos com algumas empresas já estão sendo discutidos. Revigorar a categoria para o ano que se inicia – afinal de contas, ele só começa após o carnaval, não é o que dizem? –, portanto, foi o objetivo da confraternização, conforme declarou o também diretor do sindicato Paulo Scansetti: “A expectativa é recebermos cerca de 350 pessoas, entre profissionais associados e convidados. Convocamos um artista de peso como o Serjão Loroza pra que a noite seja inesquecível e para que os colegas entrem 2013 pensando grande”.

Enquanto Paulo desfilava pelo salão com o neto Tarso que, claro, vestiu a camiseta do evento – uma fofura! –, o aposentado Adagoberto Arruda era quem roubava a cena. O motivo? Meia arrastão, saia branca com babados, colar a la Carmem Miranda, batom vermelho coberto por purpurina e leque na mesma cor, pra combinar: “Hoje sou Sandra Helena, a Garota Salve Jorge. Já estou gastando parte de minha cota de carnaval, porque participarei do júri do carnaval de Porto Alegre, na sexta e no sábado, e domingo, em Três Rios. Então, só terei dois dias de folia!”, disse ele, que na companhia do amigo Jorge Bharoun, engenheiro aposentado, afirmou que na Terça-Feira Gorda estará no Bloco das Quengas.         Mesmo com tamanha concorrência, as mulheres deram um banho no quesito produção.  As camisas-convite foram customizadas por elas, que mostraram animação. Fátima Castro, diretora do Sindes RJ, enfeitou a camiseta com strass junto às amigas de trabalho; Vânia Santana, do lar, convidada de Gilberto, caprichou no modelito ao colar lantejoulas coloridas e disfarçar o comprimento da camiseta com franjinhas; Mônica Ziotto, do setor de fiscalização do CORECON, também investiu nas lantejoulas, mas preferiu as brancas, além de uma amarração atrás para deixar a camiseta mais feminina. Isso sem falar nas máscaras, flores, colar tipo havaiano...

Muitos voltaram pra casa com confetes colados ao corpo suado e em meio aos fios de cabelo, sinal de que a noite foi boa e de tudo pode rolar, como previu Serjão Loroza logo que iniciou seu show junto ao grupo US Madureira. No repertório, ritmos para agradar a todos os gostos. Para introduzir o samba, eles optaram por ‘O que é, o que é?’. Depois, o público entrou no compasso do reggae, fez coro em ‘A Novidade’ (‘Ó mundo tão desigual, tudo é tão desigual, ô, ô, ô , ô, ô...’) e pulou no refrão de ‘Pescador de Ilusões’.

Era simplesmente impossível ficar parado. A batida quente dos meninos do US Madureira contagiou a todos e não era pra menos. Entre seus integrantes estão feras como Vitor Botelho (Vitinho), repique de primeiríssima qualidade; Mestre Dinho, da bateria da Renascer de Jacarepaguá; Mestre Washington, da bateria da Inocentes de Belford Roxo, e Carlinhos Rufino, filho do compositor Nelson Rufino. Este último, aliás, cantou uma das muitas obras-primas do pai: “Descobri que te amo demais...”. Precisa dizer mais?

Copos para o alto e muitos brindes durante ‘Eu bebo sim’ antecederam, imaginem, uma exibição do Rei do Pop. Diretamente de Madureira, Fabinho D’Lélis divertiu a galera com sua performance, bem ensaiada, ao longo de um pout-pourri de sucessos de Michael Jackson. Trajado como o artista, ele recebeu aplausos após demonstrar que em seu repertório de passos também constava o famoso moonwalk. Mas, não negando as raízes, ele depois mostrou seu sapateado malandro ao riscar o chão enquanto tocavam ‘Aquarela Brasileira’, do Império Serrano, e ‘Foi um rio que passou em minha vida’, do ícone portelense Paulinho da Viola. O show teve ainda o forró de Gonzagão, embalando casais, e o rock nacional de grupos como Ultraje a Rigor, Titãs e Paralamas do Sucesso, músicas que fizeram Norma Macedo, 72 anos, pular feito jovem: “Eu brinco mesmo, gosto de acompanhar minhas filhas. Neste fim de semana, ainda irei para o Timoneiros da Viola e Escravos da Mauá. Agora que estou aposentada, quero seguir todos os blocos”. E cantou a plenos pulmões: “Eu só quero é ser feliz...”, descendo até o chão. É mole?

 Já no final do baile, Loroza chamou o ‘Síndico’. E assim, aqueles que esperaram “a semana inteira...” balançaram no embalo das músicas de Tim Maia. A despedida, contudo, foi em ritmo de carnaval, com as tradicionais marchinhas: ‘Colombina iê, iê, iê’, ‘Maria sapatão’, ‘Me dá um dinheiro aí’, ‘Mamãe eu quero’ e, claro, o hino da casa, “Quem não chora não mama...”. Como o que é bom, dizem por aí, não dura pra sempre, Serjão, após atender aos pedidos de bis, voltou para seu camarote e da lá deixou um recado: “A palavra da hora é diversão. Se divirtam mesmo porque o momento é de descontração, mas não deixem de respeitar o próximo. Vamos descarregar a tensão e recarregar as energias para o ano que, enfim, começa”.      



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