Desrespeito e falta de consideração para com os trabalhadores da consultoria de engenharia e projetos no Estado do Rio é o mínimo que se pode deduzir da postura do Sindicato Patronal (Sinaenco) nas negociações para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2014. Até o momento, o Sinaenco não respondeu à carta enviada pelo Sintcon-RJ no dia 2 de agosto, solicitando uma posição daquela entidade quanto à realização de uma próxima reunião de negociação para ‘sacramentar’ os pontos acordados durante reunião ocorrida em 21 de junho deste ano.
Ao final da reunião do dia 21/06, a ‘comissão de negociação’ do Sinaenco disse que os pontos acordados seriam levados para ‘avaliação’ da direção do Sindicato Patronal. Em 16 de julho, quase um mês após aquela negociação, o Sinaenco enviou e-mail ao Sintcon-RJ, propondo nova reunião entre as duas entidades para o dia 24 de julho. Respondemos prontamente, confirmando nossa presença. Nossa surpresa, contudo, aconteceu em 23/07, um dia antes, quando o Sinaenco (mais uma vez, via e-mail) informou-nos do ‘cancelamento’ da reunião agendada para o dia seguinte. Alegaram, como motivo para o cancelamento, problemas ‘inerentes à sua vontade’, prometendo contactar o Sintcon-RJ assim que tivesse outro posicionamento.
Na carta do Sintcon-RJ ao Sinaenco — enviada em 2 de agosto —, reiteramos a necessidade de que o Sindicato Patronal apresentasse uma resposta aos trabalhadores em consultoria o mais rapidamente possível. Também frisamos que, na hipótese de o Sinaenco não mais desejar a continuidade das negociações com o nosso Sindicato, que se pronunciasse publicamente, dizendo ‘não’ às negociações. Nenhuma das duas coisas o Sinaenco fez, repetindo o descaso que vem praticando desde o ano passado, o que, na época, levou ao total impasse nas negociações para a Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013.
Não podemos (e não devemos) ficar reféns da ‘má vontade’ e da deliberada omissão do Sinaenco no trato das negociações para a CCT 2012/2014. Por isso, reiteramos a importância da busca de Acordos Coletivos de Trabalho em separado, que continuamos celebrando junto às empresas do setor (leia matéria nesta edição). Se até hoje a CCT 2012-2014 não foi assinada, foi por responsabilidade única e exclusiva do Sindicato Patronal.