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09/09/2020 - Quando o silêncio transforma-se em tortura
Vivemos num país onde a desigualdade social é uma permanente violência contra a população.

Em tempos de pandemia, o isolamento, se representar momentos de reflexão junto com a família e amigos, é gratificante, pois cria perspectiva de vencer a inércia de forma qualitativa, porém, quando vem acompanhado de solidão, é torturante e pode gerar problemas sérios.

Vivemos num país onde a desigualdade social é uma permanente violência contra a população, basta olharmos os noticiários do dia a dia. Mortes e desgraças, em sua grande maioria, destina-se as camadas mais pobres da população – desemprego, perda de ente familiar, despejo, atendimento médico precário etc. – agravam ainda mais o caos social, aguça a violên-cia, em todos os níveis e as disparidades socioeconômicas o país.

Por outro lado, a insensatez da classe dominante, em especial da Casa –Grande e seus asseclas (os governantes em geral), demonstram que o poder, só e somente só, deve se preocupar em servir aos seus pares. A violência urbana trata com um único remédio – tiro e porrada. Quando se estende para os demais segmentos sociais; violência contra a mulher; ra-cial etc; utiliza a mídia oficial, incluindo aí (pastores evangélicos) e a mídia eletrônica, o remédio adotado tem como pano de fundo desfigurar a imagem da vítima, ao mesmo tempo que visa personificar o crime, para o bem ou para o mal, quanto a cor e classe social, todo crime, por princípio é pobre e negro.

Concomitantemente, nosso governantes, em especial o capitão presiden –te, para disfarçar os princípios que determinam as ações contra a violência, tal qual fazia na época da campanha eleitoral, só se apresenta ao povão, com presença do amigo de escola da AMAN, um negão que permanece imóvel as suas costas. Tal medida podemos ver com o prefeito do Rio de Janeiro, Crivella que, da mesma forma, tem um asses-sor negão. Portanto não são racistas.

Seguindo normas determinadas pela Casa-Grande, nosso governante mór, aluno assíduo, tem seguido à risca ao tomar medidas direcionadas para o grande exército de desempregados, cerca de 22 milhões de pessoas (IBGE). Nada de investir em frentes de trabalho, visando incorporar essa massa humana no mercado, adota a política da esmola, coisa feia, da deseducação pelo vício, com o seguinte requinte tem que distribuir uma quantia superior à do Bolsa Família, nem que para tal a gente sacrifique o salário mínimo. Na mídia suscita uma desavença com o seu assecla ministro que, por segurança, queria reduzir o valor e a quan-tidade do óbolo.

Quanto o combate a violência, da mesma forma, segue as determinações da Casa-Grande, tiro e porrada quando envolver conflitos de rua, caracte – rizar por classe social e cor da pele o crime, nem que para tanto tenha que utilizar “forças paramilitares” (milícia, inclusive). Fato que as polícias no Rio de Janeiro e São Paulo já vem fazendo algum tempo.

Por fim, aproxima-se o processo eleitoral, agora para executivos e verea –dores municipais, eleições que podem refletir os efeitos dos descasos da pandemia, e complicar um pouco o processo de reeleição do capitão pre – sidente em 2022. Denúncias envolvendo os atuais prefeitos em proces-so de corrupção, agora, como ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, a inês já é morta, basta acionar sua base evangélica, que os grandes capas, colocarão todos os templos em prol da campanha da campanha do aliado.

Para 2022, o tempo urge para nós da esquerda e dos sociais democratas, que tal qual nas próximas eleições municipais, ficamos tergiversando  so-bre picuinhas e não conseguimos fechar uma aliança sequer para impin – gir uma derrota, nem que seja nas principais capitais o país, nesse proje-to que almeja destruir nossas empresas estatais, destruir o que resta de trabalho assalariado no país, prostituir os funcionários públicos, reduzir cada vez mais as verbas para educação, saúde e saneamento básico, e atrelar nossa economia, estritamente, vinculada aos interesses o EUA.

Estamos baqueados, sim, o desemprego é o pior inimigo do movimento e oposição no país, podemos chegar em 2022, com menos de 200 sindica –tos e, talvez, 3 centrais sindicais no país. Mais ainda respiramos, desse modo, temos redobrar os esforços para enfrentarmos tal desafio, 2020 e 2022, estão aí, não podemos tergiversar sobre questões minúsculas, temos que focar na construção de um arco de aliança que permita a nós e ao povo brasileiro, uma expectativa real e vitória.

Lembrem-se, nosso time ainda não está no degredo, portanto vamos a luta sem medo.

               Gilberto Alcântara – diretor do Sintcon-RJ.



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